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Quem entra nessa de genealogia é preso pelos antepassados nos seus tempos e de lá não consegue mais sair!
Fazer pesquisas genealógicas e fazer uma viagem no tempo.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

EM BUSCA DAS ORIGENS.

Tenho notado que pessoas de diversas partes do mundo, destacando-se primeiramente o Brasil, depois Portugal e Estados Unidos, têm acessado o meu blog, conforme registro de visitas que tenho no pé da página. Com certeza, são pessoas como eu, em busca de suas origens, na busca de uma resposta sobre o motivo da existência de cada um, ou pelo menos por curiosidade.
Os textos postados aqui se baseiam em várias fontes: primeiro aquela comum obtida nas conversas com as pessoas mais velhas ou com outros amantes dessa mania que parece ser hereditária, depois nos livros publicados como a Genealogia Paulistana de meu parente mais ilustre dessa "ciência" o Dr. Luiz Gonzaga da Silva Leme, falecido no começo do Século XX, no trabalho de Ruud Lem, o nosso "primo" belga residente em Londres e nas variadas páginas que tratam do mesmo assunto: "as origens dos Leme(s)".
Há quem defenda a ideia que metade dos brasileiros têm alguma ligação genética com os nossos primeiros avós que chegaram em S.Vicente-SP (Sec.XVI). Acredito que não chegue a tanto, mas provavelmente no sudeste, destacando o Estado de S.Paulo em primeiro lugar, depois sul de Minas, alguns em Goiás, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul de onde provavelmente atravessando a fronteira os Lemes chegaram até a vizinha Argentina.
As principais famílias ditas "quatrocentonas" de S.Paulo, como os Barros, Prado, Bueno, e outros mais têm ligações genéticas com aqueles parentes vindos da Ilha da Madeira.
Já o trabalho de Ruud, em sua Genealogia Lemniana, onde esclarece a origem do sobrenome diferentemente de Pedro Taques e de Luiz Gonzaga que o ligam a "lama, barro e argila", Leme vem de Lem, uma abreviatura popular de Willem (Guilherme em português), nome que tomou destaque depois de William, o conquistador, ainda na idade média.
Os Lemes de Cambuquira têm ligações por várias vezes com os troncos originais paulistas, primeiro através de Mécia da Veiga Leme, cuja ascendência ainda não pude apurar, mas que tenho por hipótese que descenda de Braz Esteves Leme, filho de Braz Teves, arrendatário do Engenho dos Erasmo na Capitania de S.Vicente, de onde nossos parentes levaram a cana para o interior de S.Paulo e Minas Gerais, precursores portanto da forte indústria açucareira brasileira no sudeste. Nossos Lemes também descendem, via Manoel Borges da Costa descendente dos mesmos Leme, da família Gouveia e Fremes, nosso pé em raizes judáicas, além da raiz Zarco de mesma origem e avós dos Leme da Madeira.
Essa ligação com as tribos de Judá, os Sefaradim talvez justifique a nossa aptidão pela genealogia coisa ligada a esse povo bíblico até nas citações da torá: "de Abraão, de Isaac e de Jacó"...
Mas, como já disse em outro texto publicado no blog os Lemes brasileiros, mesmo os de olhos azuis e louros têm uma origem bem brasileira no sangue das índias tomadas pelos primeiros portugueses que por aqui chegaram.Fernão Dias Paes Leme teve pelo menos um filho mameluco, como o seu antepassado Braz Esteves Leme e outros de mesma origem.
Se você tem ligações genéticas com os Lemes, principalmente de Campanha ou Cambuquira, e possa contribuir com informações, fotos antigas ou documentos, envie um e-mail para este blog.
Gilberto Lemes - Adm. do blog.

domingo, 11 de maio de 2008

FIÚSA, MAIS QUE UM SIMPLES CACHORRO NA FAZENDA DOS LOBOS.



O cachorro Fiúsa, um amigo mais que fiel.

Pelo que nos foi contado, Fiúsa foi mais que um cachorro qualquer na família dos Lemes(Fazenda dos Lobos). De raça não definida, muito grande e preto, era a alegria da criançada. Quando ninguém o chamava para as estripulias do dia-a-dia ele passava no meio dos filhos de D.Efigênia, lambia a mão ou dava uma "mordidinha leve na orelha de Edwiges e saía correndo... Isso era a deixa dele para que se começasse uma brincadeira com ela, Irene,Darci e de quem mais quisesse.
Ele era o companheiro de todas horas, acompanhava D.Efigênia quando ia ao galinheiro para apanhar ovos para os bolos e quitutes de cada dia sempre a observá-la como quem procurava entender aquela ação.
Passado algum tempo, Fiúsa começou a aparecer com um ovo na boca que derrubava aos pés da dona da casa. Ninguém no princípio não entendia o porque daquilo. Achavam que ele roubava ovos para comer e ralhavam sempre com ele. O pobre cão saía cabisbaixo com rabo entre as pernas e triste ia se deitar num canto qualquer. Mas, não adiantava, quando ninguém ia apanhar ovos, lá vinha ele com mais um na boca e repetia o mesmo gesto.
Depois de muita insistência dele, acabaram descobrindo que o companheiro trazia os ovos para que D. Efigênia fizesse os quitutes do dia quando sempre um pedaçinho sobrava para ele.
Outro fato que marcou a história desse cachorro foi com o marido de D.Efigênia, o Sr. José Lifonso. Ele, quando ia à cidade, trazia, quase sempre, uma lata cheia de pedaços de carnes descartadas pelo açougue na limpeza das peças para venda, era o presente que ele levava para aquele cão fiel. Num canto do quintal, Fiúsa se deliciava com aquele banquete. E, assim acostumou com o presente vindo por aquela porteira la no alto da colina vista da janela da residência. E, quando José Lifonso chegava e Fiúsa não via e só alguém avisá-lo:
“__Fiúsa, lá vem o papai!....” Ele saia correndo morro acima ao encontro das guloseimas.
Algum tempo depois, José Lifonso veio a falecer. Fiúsa, talvez numa esperança de que ele voltasse em sua charrete com os pedaços de carne colocava as patas na janela e olhava triste para porteira vazia.
Era um amigo, vigia fiel. Latia com quem fosse ousasse aparecer, ou passar pela propriedade sem ser convidado. Por causa disso, num dia descobriram Fiúsa agonizando, provavelmente, depois de ter ingerido uma “bola” (carne envenenada) que lhe deram por causa da sua ousadia de enfrentar os intrusos. Não adiantaram os esforços, leite dado goela a baixo.Fiúsa morreu para tristeza de todos, principalmente dos filhos mais novos de D.Efigênia. Todos choraram demais, principalmente os filhos mais novos de D.Efigênia.
A sua imagem ficou estampada em diversas fotos da família, e como um membro efetivo do passado de muitos deles e por causa disso, merece o seu espaço neste blog dedicado aqueles que fizeram parte da história da família mesmo não sendo um ser humano.Aliás, muito mais humano que aquele que o envenenou.

Na foto tirada(anos 40) na Fazenda dos Lobos, o cachorro Fiúsa ao lado de Claudinho, atrás a criançada: Edwiges, Darci, Irene, Lucia, Edison e outros.
Talvez alguém indague o porquê de um cachorro aparecer num blog que trata de genealogia. O que tenho a dizer é que tudo isso pertence a história de famílias. Fiúsa parece ter sido um animal especial dotado de inteligência rara.

Quem sou eu

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Servidor Público, Bel em Direito, gosto de genealogia.