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Quem entra nessa de genealogia é preso pelos antepassados nos seus tempos e de lá não consegue mais sair!
Fazer pesquisas genealógicas e fazer uma viagem no tempo.

domingo, 11 de maio de 2008

FIÚSA, MAIS QUE UM SIMPLES CACHORRO NA FAZENDA DOS LOBOS.



O cachorro Fiúsa, um amigo mais que fiel.

Pelo que nos foi contado, Fiúsa foi mais que um cachorro qualquer na família dos Lemes(Fazenda dos Lobos). De raça não definida, muito grande e preto, era a alegria da criançada. Quando ninguém o chamava para as estripulias do dia-a-dia ele passava no meio dos filhos de D.Efigênia, lambia a mão ou dava uma "mordidinha leve na orelha de Edwiges e saía correndo... Isso era a deixa dele para que se começasse uma brincadeira com ela, Irene,Darci e de quem mais quisesse.
Ele era o companheiro de todas horas, acompanhava D.Efigênia quando ia ao galinheiro para apanhar ovos para os bolos e quitutes de cada dia sempre a observá-la como quem procurava entender aquela ação.
Passado algum tempo, Fiúsa começou a aparecer com um ovo na boca que derrubava aos pés da dona da casa. Ninguém no princípio não entendia o porque daquilo. Achavam que ele roubava ovos para comer e ralhavam sempre com ele. O pobre cão saía cabisbaixo com rabo entre as pernas e triste ia se deitar num canto qualquer. Mas, não adiantava, quando ninguém ia apanhar ovos, lá vinha ele com mais um na boca e repetia o mesmo gesto.
Depois de muita insistência dele, acabaram descobrindo que o companheiro trazia os ovos para que D. Efigênia fizesse os quitutes do dia quando sempre um pedaçinho sobrava para ele.
Outro fato que marcou a história desse cachorro foi com o marido de D.Efigênia, o Sr. José Lifonso. Ele, quando ia à cidade, trazia, quase sempre, uma lata cheia de pedaços de carnes descartadas pelo açougue na limpeza das peças para venda, era o presente que ele levava para aquele cão fiel. Num canto do quintal, Fiúsa se deliciava com aquele banquete. E, assim acostumou com o presente vindo por aquela porteira la no alto da colina vista da janela da residência. E, quando José Lifonso chegava e Fiúsa não via e só alguém avisá-lo:
“__Fiúsa, lá vem o papai!....” Ele saia correndo morro acima ao encontro das guloseimas.
Algum tempo depois, José Lifonso veio a falecer. Fiúsa, talvez numa esperança de que ele voltasse em sua charrete com os pedaços de carne colocava as patas na janela e olhava triste para porteira vazia.
Era um amigo, vigia fiel. Latia com quem fosse ousasse aparecer, ou passar pela propriedade sem ser convidado. Por causa disso, num dia descobriram Fiúsa agonizando, provavelmente, depois de ter ingerido uma “bola” (carne envenenada) que lhe deram por causa da sua ousadia de enfrentar os intrusos. Não adiantaram os esforços, leite dado goela a baixo.Fiúsa morreu para tristeza de todos, principalmente dos filhos mais novos de D.Efigênia. Todos choraram demais, principalmente os filhos mais novos de D.Efigênia.
A sua imagem ficou estampada em diversas fotos da família, e como um membro efetivo do passado de muitos deles e por causa disso, merece o seu espaço neste blog dedicado aqueles que fizeram parte da história da família mesmo não sendo um ser humano.Aliás, muito mais humano que aquele que o envenenou.

Na foto tirada(anos 40) na Fazenda dos Lobos, o cachorro Fiúsa ao lado de Claudinho, atrás a criançada: Edwiges, Darci, Irene, Lucia, Edison e outros.
Talvez alguém indague o porquê de um cachorro aparecer num blog que trata de genealogia. O que tenho a dizer é que tudo isso pertence a história de famílias. Fiúsa parece ter sido um animal especial dotado de inteligência rara.

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Servidor Público, Bel em Direito, gosto de genealogia.