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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Metade da Europa Ocidental é 'parente' de Tutancâmon (E, nós, com certeza, estamos nessa!...)


Metade de todos os homens da Europa Ocidental é 'parente' do antigo faraó egípcio Tutancâmon. É o que aponta o estudo de cientistas de um centro de genealogia na Suíça, que reconstruíram o perfil genético do faraó que comandou o Egito há 3.000 anos, seu pai, Akhenaten, e o avô Amenhotep III.
Os resultados mostram que Tutancâmon pertenceu a um grupo de perfil genético conhecido como R1b1a2, o mesmo de metade dos homens da Europa Ocidental —  70% no caso de britânicos e espanhóis e 60% no dos franceses. Isso quer dizer que todos esses indivíduos compartilham um mesmo ancestral.
Com tantos parentes na Europa, é de se imaginar que a maior parte do Egito, terra natal do antigo faraó, também seja 'parente' de Tutancâmon. Mas não. Menos de 1% dos egípcios pertencem ao mesmo grupo genético, de acordo com iGENEA, o centro suíço que realizou o estudo.

Os especialistas acreditam que o ancestral comum viveu no Cáucaso, uma região na fronteira da Ásia com a Europa, há 9.500 anos. Estima-se que a migração do grupo R1b1a2 para a Europa começou com a disseminação da agricultura há 9.000 anos. Contudo, os pesquisadores não sabem como a linhagem paterna de Tutancâmon foi parar no Egito. Agora, o iGENEA está utilizando exames de DNA para procurar os parentes vivos mais próximos do faraó egípcio.
(Com Agência Reuters) via Veja Online.

Estrutura e Formação Genética do Povo Brasileiro

O geneticista Sérgio Danilo Pena, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apresentará a conferência "Estrutura e Formação Genética do Povo Brasileiro", no dia 11 de agosto, em São Paulo. O evento, promovido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), integra o Ciclo Ciência Avançada, que comemora os 25 anos do IEA. A conferência será realizada a partir das 17 horas, no Auditório do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.

Na conferência, Pena explicará o uso de diferentes ferramentas moleculares para caracterizar o "ancestroma brasileiro", expressão que ele cunhou para remeter à totalidade das características genéticas das três principais populações constituintes do povo brasileiro: ameríndios, europeus e africanos.

Segundo ele, estudos iniciais com marcadores de cromossomo Y e DNA mitocondrial mostraram um padrão de elevados níveis de mistura genética de reprodução direcional entre homens europeus e mulheres ameríndias e africanas. A alta variabilidade individual observada, segundo ele, sugere que cada brasileiro tem uma proporção singular das ancestralidades ameríndia, europeia e africana em seu genoma.

Médico formado pela Faculdade de Medicina da UFMG, Pena fez o doutorado no Departamento de Genética Humana da Universidade de Manitoba, Canadá, e o pós-doutorado no Instituto Nacional de Pesquisa Médica em Mill Hill, Londres, Reino Unido.

Atualmente é professor titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia e diretor do Laboratório de Genômica Clínica da UFMG. É também diretor científico do Gene — Núcleo de Genética Médica de Minas Gerais e da Gene-Genealógica Central de Genotipagem de Animais.

Mais informações: www.iea.usp.br

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Servidor Público, Bel em Direito, gosto de genealogia.