O SANGUE DE UMA ILHOA CORRE EM NOSSAS VEIAS.
Maria Nunes, com o falecimento de seu esposo, Manuel Gonçalves Correa, na Ilha do Faial, Arquipélago dos Açores, território português, em 1723 "junta as trouxas" e com as três filhas, uma delas já casada resolve vir para o Brasil.
Chegando ao nosso país, depois de exaustiva viagem de caravelas que naquele tempo era uma eternidade, chegaram ao Rio de Janeiro e de lá, no lombo de burros, se encaminharam para São João Del Rey, onde se alojaram na casa do Inconfidente Manuel Gonçalves da Fonseca, provavelmente com algum parentesco com seu marido falecido.
As filhas de Maria Nunes eram:
1) Antônia da Graça;
2) Júlia Maria da Caridade;
3) E, Helena Maria de Jesus (que depois de casada passou a se chamar Helena Maria de Rezende).
Dessas senhoras, a que mais nos interessa é Júlia Maria da Caridade, que se casando com Diogo Garcia, teria tido 14 filhos, dando início a uma linhagem de Garcia que deixou o nome na história. De um desses seus filhos que se casou com um "Borges" (Borges da Fonseca ou Borges da Costa) é que se faz a ligação dos atuais Borges e os Silva Lemes a essas portuguesas de fibra, através de suas bisnetas:
1) Alexandrina Maria de Jesus (Garcia Borges,) que se casara com Jose Vicente da Silva Lemes, filho de Vicente da Silva Leme (filho de Furriel da Silva Leme) com a Senhora Escolástica Joaquina Ribeira, início dos parentes que com o tempo passaram a ser conhecidos como Germanos e outros Silva Lemes, inclusive os Clementinos. E, com a união entre primos e tios que comumente acontecia naquela época, até por razões patrimoniais, os fazem parentes próximos com quaisquer Lemes de nossa cidade.
2) Feliciana Maria de Jesus(Garcia Borges) que veio a se casar com Antonio Joaquim da Silva Lemes, também filho do mesmo casal acima, que além de outros filhos teve Cláudio Amâncio da Silva Lemes, deixando uma geração que entrelaçado com os filhos e filhas da sua irmã acima também.
3) Cândida Maria de Jesus (Garcia Borges), que veio a se casar com o Alferes Tomé da Silva Lemes, também filho de Vicente da Silva Lemes, também filho do mesmo casal acima, dando a origem aos Lifonsos e Reis, sem deixar o mesmo costume de casamento entre dos primos dos casais citados e sobrinhas com tios, etc.
4) Maria do Carmo de Jesus (Garcia Borges), que se casou com João Evangelista da Silva Lemes, também filho do casal, sem muita informação no livro “As Três Ilhoas” onde pesquisei a família.
OBSERVAÇÕES:
Além dessas mulheres ainda se casou com filha do casal de Silva leme (ainda sem o “s” final) um irmão delas de nome Inácio Borges da Costa, casado com Bárbara Maria de Jesus, com alguns descendentes com sangue Lemes. Enviuvando casou-se com Maria do Carmo Lima, também já viúva de Francisco Joaquim de Lima, sem ligação com os Lemes ou Borges.
Existem ainda nos Silva Lemes relacionados alguns indivíduos que não tem relação com as citadas senhoras, dando a impressão que existe uma outra árvore paralela de "Lemes" que se une aos "Lemes descendentes de D.Júlia" acima. Provavelmente, esses outros Lemes que figuram em nossa árvore têm alguma ligação direta com Furriel José da Silva Lemes, considerado o “patriarca da grande família de Cambuquira”.
Observações:
Os nomes Garcias e Borges entre parênteses demonstra a hereditariedade e não o uso desse sobre nome nas referidas mulheres, que naquela época raramente recebiam sobrenomes dos pais, conforme se pode verificar nos nomes de outras mulheres da nossa "árvore genealógica".Exemplo disso, tenho a minha própria avó, Dona Candola, que tinha o nome de Cândida Maria de Jesus(*)) mas se fosse hoje deveria se chamar
Cândida Maria Lemes Fernandes(Fernandes do seu pai português) e Lemes de sua mãe,filha de Francisco Sebastião da Silva Lemes. Ela continuou "de Jesus" até depois de casada com Antonio da Silva Lemes(Toniquinho Germano).
Depois, eu conto o resto...
(*)Jesus era uma espécie de sobrenome de todas as mulheres, independentemente da família que pertencessem.
No desenho acima vemos a Ilha do Faial no arquipélago dos Açores (do site de turismo das ilhas portuguesas).
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
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