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Quem entra nessa de genealogia é preso pelos antepassados nos seus tempos e de lá não consegue mais sair!
Fazer pesquisas genealógicas e fazer uma viagem no tempo.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

OS NOVENTA ANOS DE D.ÊFIGÊNIA...

Este foi o título da pequena reportagem impressa no extinto diário do município que recebia o nome de “A Estância”.
No recorte de jornal apresentado por sua filha Edwiges, o texto fala da festa de seus 90 anos realizados no dia 22 de agosto de 1989. Conta a sua descendência do Capitão Cláudio com Justina Azevedo de Monsenhor Paulo, onde teria nascido. Educou-se no colégio Sion, onde aprendeu a falar francês. Mesmo com toda cultura, aos 15 anos ainda pensava como criança e ao ser indagado pelo ”Padrinho Capitão Cláudio” (Era assim que ele gostava), o que queria nos seus l5 anos, ela respondeu com a doçura de sua juventude: “__Quero uma boneca!” Achando muita graça naquilo, o capitão no dia do seu aniversário levou o presente que ela tanto queria. Isso aconteceu em 1914.

Dois anos depois, Capitão Cláudio veio a falecer, deixando-a muito triste, pois apesar de nunca ter se declarado o seu pai, a jovem moça, com certeza, já sabia, mas respeitava a sua vontade. Pois, quando passava num cavalo puxado por um dos serviçais da fazenda ouvia: “__Essa aí é a filha do capitão Cláudio!...”.

Ela também contava que naquele tempo, quando D.Vitória (esposa do capitão), ia às procissões, um ex-escravo levava uma cadeira e ia acompanhando toda solenidade. Quando havia uma parada, lá estava o serviçal com a cadeira pronta para que ela se assentasse. Isso mostrava que ele tinha muito carinho com aquela senhora.
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Aos 21 anos de idade, D.Efigênia se casou com José Francisco da Silva Lemes, conhecido como José Lifonso, um dos filhos de Ildefonso da Silva Lemes, que tinha certo parentesco com o seu pai.

Contam que ele apesar de muito severo era até um pouco brincalhão. E, desse espírito ela sempre contava uma passagem quando num almoço ela sentindo falta de uma verdura disse: “__Está faltando um verdinho nessa comida!...”.
Dias depois, José Francisco chegou com uma coleção de pratos novos de louças todos pintados com arranjos verdes e lhe disse: “___Você estava reclamando que não tinha verde na comida? Agora tem!”.

Moravam na Fazenda herdada de seu pai, no local ainda hoje conhecido por “Lobos”. José Lifonso, como era conhecido, poucos anos mais tarde teve as pernas paralisadas e numa mais andou, começando aí uma fase dura da vida do casal.
Para se locomoverem até a cidade a família passou a usar uma charrete que depois ele, mesmo com o problema físico, conseguia manejar (conforme mostra a foto ao lado).

Num dia naqueles quando foi à cidade comprar jornal, José Lifonso caiu com cavalo e tudo dentro de uma vala. Clamou e clamou por socorro, mas ninguém o ouvia.
Vendo que não adiantava gritar, resolveu ficar lá com cavalo e charrete no buraco e esperar que o procurassem. Enquanto isso, já que não havia se machucado, ficou lendo as notícias.

Conta também D.Edwiges que ele, mesmo paralítico, não perdeu a sua autoridade de pai. E, se algum filho fazia alguma arte, ele o chamava para se aproximar e receber o castigo devido. E, olhe que sua mão era pesada!

O casal teve 11 filhos que, ainda em vida, lhe proporcionara a emoção de conhecer netos, bisnetos e tataranetos.

Quando D. Efigênia ficou viúva, seu filho também de nome Cláudio Amâncio, conhecido por Claudinho do Zé Lifonso e depois Claudinho da Eunice, passou a ser o seu braço direito ajudando-a na criação dos filhos mais novos.
Mais tarde com a viuvez de Claudinho, D.Efigênia acabou ficando com Ieda,filha deste filho que cuidou e educou, enquanto este se casara de novo com Eunice de Oliveira(mais tarde conhecida como Eunice da Quitanda).

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