Pesquise nome assunto

pesquise aqui nome ou assunto desejado.
Quem entra nessa de genealogia é preso pelos antepassados nos seus tempos e de lá não consegue mais sair!
Fazer pesquisas genealógicas e fazer uma viagem no tempo.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

SILVA LEMES DE CAMBUQUIRA

Os “Silva Lemes”, como os seus ascendentes Lemes da Ilha da Madeira e dos Açorianos que entraram na composição do tronco em Cambuquira, eram pessoas simples, intimamente ligados à agropecuária e pouco ligados às coisas da cidade.
Naquela época, no começo da história de nossa cidade, poucos se aventuraram em outros ramos. E, raro era dar estudo aos filhos.
Alguns mais abastados costumavam, tal qual as famílias de fazendeiros fortes da época, chegaram até mandar suas filhas para o Colégio Sion em Campanha, fato esse acontecido com D.Efigênia, cujo pai natural custeava a sua permanência naquele histórico estabelecimento de ensino para moças. Isso prova que Capitão Cláudio tinha alguma cultura já que, além disso, falava francês e participou como vereador da primeira Câmara Municipal instalada na cidade.
Outro exemplo foi o de Maria Amália de Souza e Silva, filha de Feliciana Erotildes da Silva Lemes e irmã de Cláudio Amâncio, que se formou como normalista e foi diretora do Grupo Escolar Dr. Raul Sá.
Mas, a grande maioria era representada pelo cidadão do campo que lidava no campo, ao sol e à chuva, com os pés literalmente no chão. Quanto a esse costume existe até um relato que foi passado de geração em geração de que alguns dos parentes, vergonha dos Lemes urbanos pela a sua “jecura” que quando iam à cidade caminhando até uma das entradas na Rua dos Bambus, onde lavavam os pés e calçavam os sapatos. Na volta com os pés a doer pela falta de costume, no mesmo lugar, arrancavam as “marditas butinas”, colocavam-nas sobre os ombros e suspiravam de alívio. Dizem que eram objetos de gozações por parte dos seus primos da cidade que os classificavam de “pés grandes” e “pés pequenos”, “boca aberta” entre outros pejorativos provocadores.
A falta de cultura desses nossos parentes antigos foi uma das grandes causas, além das divisões sucessivas das terras por partilhas e partilhas nos inventários, que fizeram com que a maioria das propriedades que antes eram da família hoje pertencer a terceiros.
Muitos, calculando mal e até, pela falta de conhecimento, venderam as terras e partiram para “agiotagem”, que nem sempre rendia o suficiente fazendo com que o capital se deteriorasse até acabar. Assim, os antes fazendeiros passaram a viver de bicos na cidade, já que não sabiam fazer muita coisa além das triviais ocupações rurais. Mais tarde, com a implantação dos benefícios da previdência alguns ainda conseguiram ter um auxílio do INSS tido como aposentadoria rural.
Um exemplo de extinção do patrimônio dos Lemes é o da Fazenda Taquaral. No começo com mais de 800 alqueires antigos (atualmente seria o dobro), foi dividida, dividida pelas sucessivas heranças. Hoje, a na sua área estão instaladas várias propriedades, inclusive uma comunidade religiosa católica e o aeroporto construído pelo consórcio Cambuquira/Três Corações.
Até na religião, a família se dividiu. Os descendentes dos fervorosos irmãos Lemes que construíram a primeira igreja do município se dividem entre católicos, evangélicos, seitas menores e até aqueles que não se classificam nem “contra ou a favor.”.
Muitos nem se reconhecem como parentes devido ao lapso de tempo que existe entre os seus ascendentes. ”Nós somos outros Lemes”, dizem.
Alguns, apesar dos pesares, ainda sustentam e têm o orgulho de ter um nome como este e uma história para contar. Espero que isso continue.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Gilberto, suponho ser sua parente. Li seu blogger e fiquei encantada de tanta informação. Estou muito curiosa a respeito da família Lemes já que pertenço a ela. Procurei minha família mas não achei o nome deles. Sei que meus bisavós são Antonio José Lemes da Silva e Maria do Carmo de Souza (filha de João Bernardes de Souza e Maria Joaquina da Silva), portanto acho que José da Silva Lemes e Rosa Maria Gularte são meus tataravós. E ainda Amaro da Silva Lemes c/c Ana Luzia de Barros(filhos de Vicente da Silva Lemes e Escolástica Joaquim Ribeiro e Antonio Dias de Barros e Ana Cândida Valim)também.O meu avô Eulálio Ernesto da Silva Lemes nascido em 07/08/1880 casou-se com Ana Antônia de Paiva,(Tônica)filha de Amador Bueno de Paiva e Mariana Flausina do Espírito Santo, em 25/11/1899.Pelo que sei, meu avô veio de Cambuquira pra Campanha. A família era do campo mas ele era um pouco estudado pois era procurador do estado.Lembro-me bem que era parente da Ermelinda de Souza Maia, Jeremias da Silva Lemes citados na sua pesquisa.Sou filha de Jair de Paiva Lemes, o décimo segundo filho de Eulálio. Meu nome é Márcia, moro em Campanha, tenho uma pousada "Pousada da Princesa" entre no site:www.hotelpousadaprincesa.com.
br e conheça a nossa casa.Sou apaixonada por história e principalmente genealogia. Tenho completa a minha descendência que é enorme.Fiquei fascinada com a sua página e gostaria de trocar figurinhas. Tenho um acervo fotográfico de mais de 3.000 fotos inclusive de meus bisavós e trisavós. Que tal aparecer por aqui? Será um grande prazer conhecê-lo. Márcia

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
Servidor Público, Bel em Direito, gosto de genealogia.